quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Micro Almanakito Caiçara 29/12/2011
+ HOMEM DE BEM (JORGE FURTADO)
+ A MORTE DE MARIO GRUBER
+ A MORTE DE PEDRO ARMENDARIZ JR
+ ZÉ GERALDO E A TRADUÇÃO + ESPAÇO UNIBANCO
+ JOAQUIM PEDRO + SAMUEL + SELTON
A MORTE DE MARIO GRUBER (ver abaixo)
+ MARGIN CALL -- Verissimo elege TRABALHO INTERNO
como o melhor filme do ano. Faz bela dupla com Margin Call
AS PRAIAS (VARDA) - Fico feliz em saber que o filme da VARDA che gará a SP. Irei aí para vê-lo no CineSesc, SEM FALTA. Sou louca por esta realizadora.
O ACOMPANHANTE - Me digam: vi, ontem, na TV CULTURA, o filme O Acompanhante (2007), escrito e dirigido por Paul Schrader. Este filme foi lançado comercialmente no Brasil?? Ou só passou na Mostra??? -- Alysson responde: saiu direto em DVD.
ARMENDARIZ JR - Tive, ontem, um dia tão atribulado (procurando o doc "BAHÊA, MINHA VIDA" que NÃO achei, em Santos, indo aos correios, limpando jornais acumulados, etc), que só à noite li os jornais do dia. E soube da morte de PEDRO ARMENDARIZ (filho), aos 71 anos. Não sei se lembram, mas coloquei na lista a entrevista de OFELIA "FRIDA" MEDINA (para dar mais detalhes de FRIDA, NATURALEZA VIVA para SUYENE)... Não sei se coloquei a entrevista inteira. Se coloquei, viram que OFELIA contava do casamento dela com ARMENDARIZ, filho do mítico astro dos melodramas da PELMEX, parceiro de MARIA FELIX. O filho tb era famosíssimo, ator de GRINGO VIEJO, do blockbuster O CRIME DO PADRE AMARO e de dezenas e dezenas de filmes. Seria maravilhoso uma retrospectiva de filmes do PAI E DO FILHO, não???
MARIO GRUBER - A capa da Tribuna (de Santos) hoje é inteira dedicada ao artista plástico santista-brasileiro MARIO GRUBER, que morreu em SP. Não vi nenhum registro nos grandes jornais. Já para a Chita do Tarzan vi matérias imensas.
VILLAMIL (Segredo dos Seus Olhos) - A musa de VERISSIMO é tema de entrevista de página inteira na Ilustrada. Recomendo
BRIGADAS INTERNACIONIAIS - Limpando os jornais, encontrei, ontem, num Aliás-Estadão, magnífica matéria sobre a última BRIGADISTA (mulher) viva no mundo: a francesa LISE LONDON. Depois de ler a matéria, concluí que os dois Brigadista Brasileiros que restavam (depois da morte de Apolônio de Carvalho) se foram. Tivemos a alegria (Zanin e eu, levados pelo saudoso médico e crítico gaúcho, Julio Cesar Cozatti) de visitá-los em Porto Alegre, uns 10 ou 15 anos atrás.
ADEUS, PRIMEIRO AMOR -- Limpando os jornais encontrei página inteira de MERTEN, com entrevista (e crítica do filme) com a diretora francesa, companheira de Olivier Assayas. Ótima entrevista. Li com o maior interesse. Vendo o filme dela, me lembrei demais da ATMOSFERA que domina "O Amante de Lady Chaterlly", de Paschal(l) Ferran. Não tiro estes 2 filmes da cabeça.
GRAPIUNA - Decerto a TV Record adiou a e xibição de O Menino Grapiúna que estava prevista para HOJE, quinta. Mandei e-mail para LINA CHAMIE, mas ainda não recebi resposta. Trata-se de filme sobre a infância de JORGE AMADO (aliás tema da capa do Caderno 2, do Estadão, hoje). Na matéria, BIRA BRASIL cita o amplo calendário das comemorações do centenário de Jorge e não fala da exibição (hoje) do GRAPIUNA. Li, creio que no mesmo Estadão (na limpa de ontem) que o especial da RECORD ainda estava em finalização (matéria de uns 10 dias atrás...). De duas uma: ou atrasou mesmo ou ficou TÃO BOM que a Record resolveu tirá-lo da madrugada e exibi-lo em horário DECENTE.
JORGE FURTADO: hoje 22h30, tem
HOMEM DE BEM, da Casa de Cinema de Porto Alegre.
O CANGACEIRO, da Versátil, está já disponível nas locadoras para venda?? Ou só para locação??? bjs rô
< /span>ZÉ GERALDO + ESPAÇO UNIBANCO
+ QUINCA PEDRO + SAMUEL + SELTON
27/12/2011
+ JOAQUIM PEDRO & HERZOG
+ REVISTA SAMUEL
+ JORGE FURTADO: que dia passa
HOMEM DE BEM NA GLOBO???????
+ LINA CHAMIE (que dia passa MENINO GRAPIUNA na Record??? Ontem, assistindo ao MADEIREIRO, entendi, pela propaganda, que será exibido HOJE, terça, às 0h10??? É ISTO MESMO??? Ou será nesta quinta, dia 29? Ou em nova data??)
+ MARGIN CALL -- Verissimo elege TRABALHO INTERNO como o melhor filme do ano. Faz bela dupla com Margin Call
+ Texto da Olgária MATTOS
BRASIL DE FATO
publicou, quando do lançamento d e "INSIDE JOB", brilhante ensaio de uma professora (creio que da FEA-USP) sobre o doc oscarizado da crise econômica. Está na hora de se publicar um texto sobre Margin Call, que faz na ficção avaliação tão aguda quanto!!! Não????
REVISTA SAMUEL:
Agora, com tempo, estou lendo a SAMUEL (zero) e Samuel número 1. Vejo que a nova revista será bimensal, que seu nome homenageia SAMUEL WAINER, que trará/compilará o melhor da imprensa independente, dando em DESTAQUE um resumo da história do veículo compiliado, etc, etc. No número zero, republicaram famosa entrevista de Samuel Wainer com Vargas. Neste número 1, trazem histórica entrevista de Paulo Patarra com Prestes. Neste número que está nas bancas (com distribuição do Estadão: e boa distribuição, já vi a r evista em várias bancas e papelarias em Santos) há matéria cultural de Pedro Alexandre Sanches (sobre fábrica de VINIS). No zero, minha matéria sobre a palestra de WERNER HERZOG em SP (publicada no "Brasil de Fato") ganhou uma reedição ilustradíssima: com foto imensa de
BRUNO S (que havia morrido seis meses antes
da palestra de Herzog, fato que o deixara muito comovido) e
mais fotos de Macunaíma, Grande Otelo, enfim de atores e filmes que ligavam Herzog ao BRASIL. Foi a ligação do alemão com o cinema brasileiro que ocupou a maior parte da matéria. Dia destes, recebi um e-mail de Maria de Andrade, filha de Joaquim Pedro com a atriz Cristina Aché, solicitando cópia deste material para o arquivo de Joaquim. Quando tiver tempo, vou localizar para ela material sobre Mário Carneiro, Escorel, Herzog e Quinca Andrade..... Aliás, vi que A CAVERNA (Herzoguiana) estreou no Rio e ganhou ampla cobertura em O GLOBO.
+ MOSTRA TIRADENTES
& SELTON MELLO:
Este filme O PALHAÇO virou um talismã. Além da consagração de Selton como diretor (como ator ele já estava consagradíssimo), o filme está alavancando a carreira de seus coadjuvante s. Ferrugem estrela comercial na TV, Moacir Franco voltou à cena, a menininha (acabo de ver no JT) vai protagonizar a versão brasileira de Carrossel.... E Selton será homenageadíssimo na Mostra Tiradentes!!!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Almanakito 21/12/2011
BELAS ARTES (CAUSA
NÃO ESTÁ PERDIDA)
Hoje, na Folha de SP, Caderno Cotidiano, página C9, importante matéria:
DECISÃO DA JUSTIÇA REABRE
TOMBAMENTO DO CINE BELAS ARTES.
Liminar obriga órgãos do patrimônio a impedir realização de obras ou demolição no prédio até o fim do processo.
Para juiz (Jaime Martins de Oliveira Neto) os processos de arquivamento não consideraram os procedimentos legais na avaliação CULTURAL (do conjunto de salas de cinema).
Volto a insistir. Temos que defender estes cinemas, um espaço de grande valor AFETIVO & CULTURAL, um ponto de referência na cidade de SP. Bjs rô
ALAIN DE BOTTON
(CIDADE SEM REFERÊNCIAS
AFETIVAS) + BELAS ARTES
TERRA E LIBERDADE
Para mim, o maior dos filmes de Ken Loach, será exibido hoje, 20h00, no Telecine Cult. Vale ver e rever.....
PAULINHO CARUSO:
Ontem, vi, na coluna de Mônica Bergamo, foto do cineasta Paulinho Caruso, autor do ótimo curta-metragem "Alphaville 2007 D.C", premiado em Gramado com o Kikito de melhor filme (em sua categoria). Ele estava na festa de
20 ANOS DA PRODUTORA O2,
de Meirelles e sócios. Este jovem realizador é uma incógnita para mim. Ele venceu Gramado com seu curta. Lá não apareceu. Disseram que não andava de avião. Nunca o vi num festival. Houve um momento em que achei que o nome dele fosse de "fantasia". Por que um jovem que estreou com tanto talento abandonou o cinema? Ele está vivendo de publicidade?????
HABEMUS PAPAM:
A Cahiers du Cinéma elegeu em seu número de dezembro (número 673), os dez melhores filmes do ano.
O grande vencedor foi Habemus Papam, do italiano Nanni Moretti. Melhor escolha impossível. O filme do criador de "Caro Diário" é genial. Assisti-o na mais tumultada das sessões da Mostra SP, em outubro último.
A sessão atrasou (entrou madrugada adentro), o filme teve a cor modificada e passou sem legenda. Mesmo assim,
90% do público não arredou pé. E saiu encantado da sala.
Os outros escolhidos
da Cahiers são:
2. O Estranho Caso de Angélica - M. Oliveira (Portugal)
3. A Árvore da Vida, Malick (EUA)
4. Fora de Satã, B. Dumont (França)
5. Essential Killing, Skolimowski (Polônia??? EUA???)
6. Melancolia, Von Trier (Dinamarca)
7. Un Été Brûlant, P. Garrel (França)
8. Super-Oito, Abrams (EUA)
9. L' Apollonide, Bonello (França)
10. La Dernière Piste, de Kelly Richardt (...)
Estive em Florianópolis, participando de um encontro da distribuidora Imagem Filmes, com jornalistas, para balanço de 2011 e anúncio das novidades para 2012.
Uma novidade chamou atenção no encontro e merece registro:
a Imagem vendeu 11 milhões de ingressos
ao longo deste ano, sendo 4 milhões
para filmes brasileiros:
"Bruna Surfistinha" com 2,2 milhões,
"O Palhaço", com 1,4 milhão,
"Capitães da Areia" (quase 200 mil),
"Não Se Preocupe Nada Vai Dar Certo" (150 mil),
"Brasil Animado" (100 mil),
"Estamos Juntos" (35 mil)
e o catarinense "A Antropóloga" (7 mil).
Foram, portanto, vendidos -- vale frisar/repetir -- mais de 4 milhões de ingressos para filmes brasileiros. O correspondente a 35% da carteira da distribuidora catarinense.
Pensei que Floripa tinha sido escolhida, pela segunda vez (lera, no Boletim "Filme B", um ano antes, amplo balanço sobre o encontro "catarina" da Imagem) por suas belezas naturais, pelo charme do Jurerê Internacional, etc, etc. Mas descobri que o apego à terra "manezinha" tem a ver com a origem dos donos da Imagen, os irmãos Abrão e Marcos Scherer. Eles são catarinenses e estão prestigiando a terra deles. Por isto distribuiram "A Antropóloga", do catarinense Zeca Pires, e vão distribuir o novo filme da Tânia Lamarca, lá radicada.
A carteira de lançamentos estrangeiros e brasileiros da Imagem para 2012 é farta. Alguns destaques internacionais: Um Método Perigoso (Freud e Jung), de Cronemberg, "Carnage" (Deus da Carnificina), de Polanski, "Drive", melhor direção (estou certa?) em Cannes. E muitos outros, a maioria de linha mainstream.
A carteira brasileira da empresa é ampla. A distribuidora aposta em "Dois Coelhos", de Afonso Poyart. Com Alessandra Negrini, Fernando Alves Pinto e Caco Ciocler. O trio foi a Floripa, o filme foi mostrado aos jornalistas. Dizem que os exibidores ficaram animados (os maiores do país estavam lá, à frente o poderoso Luiz Severiano Ribeiro, neto). Uma especialista em pesquisas de opinião mostrou que sessões-teste deram "ótimos resultados". Fala-se em lançamento com 200 cópias. Meu feeling para assuntos do comércio do cinema é um desastre! Mas não creio que este filme dê certo. Não tem o apelo do maior sucesso brasileiro da distribuidora ("Bruna Surfistinha). E nem o charme do sucesso (inesperado para todos) de "O Palhaço", que já passou de 1,4 milhão de ingressos.
Os outros lançamentos
verde-amarelos da Imagem são:
Billi Pig, de Belmonte, com Selton Mello (junto com Wagner Moura, o maior pé-quente do cinema brasileiro!),
Somos Tão Jovens, de Fontoura, sobre a juventude de Renato Russo, o legionário urbano.,
Tropicália, de Marcelo Machado, já mostrado, na presença de Caetano Veloso, no Festival de Telluride, nos EUA,
Se ficarem prontos, outros filmes
chegarão ao mercado. É o caso de:
O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra (SP)
As Aventuras do Avião Vermelho (animação gaúcha, baseada em Erico Verissimo)
"Ensaio", de Tânia Lamarca (SC),
"O Vendedor de Passados", de Lula Buarque de Hollanda, da Conspiração Filmes, com Lázaro Ramos & Aline Moraes, a partir de romance do angolano José Eduardo Agualusa. Em Floripa, uma simpática coletiva com diretor, atores e co-produtores (Imagem e Telecine) passou boas impressões sobre o filme (que tem um roteiro engenhoso) .
Para 2013, a carteira da Imagem prevê:
Nise da Silveira - A Senhora das Imagens, de Roberto Berliner - (TV Zero). Com Glória Pires na pele da psicanalista que criou o Museu do Inconsciente.
A Arte de Perder (Bruno Barreto), filme sobre o relacionamento da arquiteta Lota Macedo Soares (Glória Pires) com a poeta norte-americana Elizabeth Bishop (atriz a definir).
El Ardor, do argentino Pablo Fendrik, com Gael Garcia Bernal, co-produção Argentina (Magma Filmes) e Brasil (Bananeira Filmes, de Vânia Catani)
Mato Sem Cachorro, de Pedro Amorim (Lupa Filmes). Irmão mais novo de Vicente Amorim, filhos do ministro da Defesa (Ex-Itamaraty), Celso Amorim.
A Igreja do Diabo, de Toni Venturi, com roteiro de José Roberto Torero, a partir de conto de Machado de Assis.
Júlio Sumiu, de Roberto Berliner (da TV Zero, a partir de roteiro do "casseta" Beto Silva)
Cordilheira, de Carolina Jabor, com roteiro de Lucia Puenzo, filha de Luiz "História Oficial" Puenzo. Carolina é filha de Arnaldo Jabor. As duas, portanto, têm DNA cinematográfico. O filme, uma co-produção Brasil-Argentina se passará em Buenos Aires.
Duas observações:
Na coletiva de Abrão Scherer (e do lusitano João Mesquita, que comanda o Telecine, no Brasil) o representante da Imagem contou que quer, em 2012, ampliar de 35% (dos ingressos da empresa vendidos para filmes brasileiros) para 50%. Vendo a cartela da distribuidora para este ano, perguntei se ele não estava sendo otimista demais. Ele disse que não. Que a Imagem não poupará investimentos para difundir os filmes, etc, etc. Não me convenceu. Mas o entusiasmo dele é visível.
O outro aspecto que chamou minha atenção foi a recorrente referência ao cinema argentino e a seu astro máximo, Ricardo Darín. Foi o nome mais citado em toda a coletiva. Se depender da Imagem, o país do Cone Sul manterá parcerias com o Brasil e nos servirá de fonte inspiradora. "Um Conto Chinês", um filme barato, tornou-se o cativante xodó dos distribuidores-produtores "manezinhos".
Como ia para o Fest Aruanda, fiquei pouco tempo em Floripa. Mas foi bem proveitoso o dia que passei lá. Cansativo, não nego, pois nossa agenda foi pauleira pura. Vimos dois filmes (Imortais e Dois Coelhos), participamos de um almoço no Jurerê Internacional e um jantar num belo restaurante na Lagoa da Conceição, estivemos em duas coletivas e, de quebra, conhecemos, bem, o belo Cinespaço que Adhemar Oliveira montou no Shopping Beiramar (e ambientou as duas sessões). Conhecia os
Arteplex-Espaços Unibanco-Cinespaços
-- digamos -- "urbanos", de Adhê e sócios. Agora estou conhecendo os "praianos". O de Floripa é muito bom, mas é fechado dentro de um shopping-center. Mais lindo que o Espaço Unibanco - Cine Glauber Rocha, de Salvador, Bahia -- com sua vista para a Baía de Todos os Santos enriquecida com a Estátua de Castro Alves -- não há. E dificilmente haverá. Que a Imagem não perca o entusiasmo com o Cinema Brasileiro. Este é meu desejo.
Abrão Scherer definiu "Billi Pig" como uma chanchada. Todos os outros filmes, se depender da vontade dele, serão "comédias românticas". Ele me pareceu sonhar com uma carteira de lançamentos recheada de "comédias românticas"... Estiveram na Ilha, nos dois dias de intensa atividade da Imagem Filmes e do Telecine,
Glória Pires, Aline Moraes, Lázaro Ramos, Flávio Bauraqui, Selton Mello (como astro pé-quente total!!! e espécie de "amuleto" da Imagem), Vânia Catani, J. E. Belmonte, A.C. da Fontoura, Tiago Mendonça, Laila Zaid, Roberto Berliner (cuja TV Zero deu à Imagem seu maior sucesso de bilheteria: Bruna Surfistinha), Bruno Barreto, Afonso Poyart e o elenco de "Dois Coelhos", etc, etc.
Glória Pires, tudo indica, vai transformar-se na musa ("a Selton de saia") da Imagem, pois vai protagonizar "Nise da Silveira" e "A Arte de Perder". Me contaram lá que ela estava escalada (por Fábio Barreto, antes do terrível acidente de carro que o mantém no leito há dois anos) para interpretar outra personagem real: a goiana Cora Coralina.
o Fest Aruanda.
Segue, agora,
BREVE BALANÇO DO
VII FEST ARUANDA
PREMIO ABRACCINE - O Fest Aruanda 2011, realizado em João Pessoa, na Paraíba, consagrou "Raul, O Fim, o Início e o Meio", de Walter Carvalho, agora detentor do primeiro prêmio atribuído pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). O curta premiado foi "Ensolarados", do mineiro Ricardo Targino. "Raul"
foi exibido na noite de encerramento do Aruanda. A Crítica Cinematográfica o viu em sessão matinal para avaliação. À noite, o Cine Tambau (Auditório Sérgio Bernardes) estava abarrotado (mesma lotação verificada no festival, em dezembro de 2009, para ver "Lula, o Filho do Brasil"). Os 522 assentos da sala estavam ocupados e havia gente de pé. Ao final de "Raul", o público, de pé, aplaudiu o filme e seu diretor (nunca é demais lembrar que Walter, assim como o irmão Vladimir Carvalho, presente à sessão, é paraibano). Mas a empolgação era com o filme e com seu personagem, o roqueiro Raul Seixas. Com o Prêmio Abraccine, Walter e seu filme fazem a "tríplice coroa": melhor filme do juri oficial e do juri popular (Mostra SP 2011) e Prêmio da Crítica-Abraccine (no Fest Aruanda). Os jurados da Abraccine eram: João Batista Britto, Wills Leal, Renato Félix, Orlando Margarido e Luiz Fernando Zanin Oricchio (este, o presidente da entidade).
P.S. -- Walter Carvalho adora brincadeiras verbais.
Na Paraíba, teve que se desculpar com os conterrâneos,
pois brincou, em Recife, ao apresentar o filme na Mostra Janela do Cinema: "sou paraibano, ninguém é perfeito". Parte dos paraibanos levou a brincadeira a sério e (alguns) quase declararam Walter "persona non grata". O cineasta, que não cansa de exprimir seu orgulho de ser paraibano, avisou que aquela era uma brincadeira que ele costuma fazer, sempre que se apresenta a novos conhecidos...
MAS NÃO É QUE,
terminada a sessão, no Fest Aruanda, e
iniciada a premiação, ele se saiu
com o seguinte comentário,
ao receber o Prêmio Abraccine:
"este é o prêmio mais rápido que já recebi. Mal acabou a sessão e já estou sendo premiado".
(Quem não sabia que a Crítica
havia visto o filme de manhã, pensou que houvera reunião-relâmpago para premiá-lo. Na verdade, o juri, depois de ver o filme, almoçou junto e fez longa reunião para escolher o melhor longa (com 5 dos sete longas selecionados pelo festival em condições de competir) e o melhor
curta (entre 54 candidatos).
BETE MENDES, LUCIA MURAT, ANTONIO E CAMILA PITANGA -- Bete Mendes, acompanhada do marido Marcão, foi presença simpática e sem nenhuma frescura, no Fest Aruanda. Recebeu homenagem (entregue por atrizes paraibanas lideradas por Zeita Matos), foi aos passeios, viu os filmes, aplaudiu os colegas, usou o adesivo da campanha "A Paraíba Precisa Ser Assistida", enfim, encantou a todos. Posou para dezenas de fotos com todos os fãs que a abordaram no Auditório Sérgio Bernardes (ex-Cine Tambaú), nas ruas ou no catamarã que nos levou a um insólito passeio. Insólito para mim, mineira que tem medo de água em movimento.
AREIA VERMELHA -- Abri nova "retranca", porque quero falar deste passeio do qual Bete Mendes foi o foco de todas as atenções. Em minhas idas a João Pessoa já visitei o Jacaré (com seus saxofonistas que tocam o Bolero, de Ravel, ao cair da tarde), já fui às igrejas (em especial a de São Francisco), ao Cabo Branco, diversas praias, ao Mangai com sua culinária regional, etc, etc. Já quiseram me levar a praias distantes, inclusive a de Tambaba, dedicada ao nudismo. Nada tenho contra praias naturistas. Se ela (a Tambaba) ficasse pertinho da enorme banca de jornais em frente ao Hotel Tambaú, eu iria, sem problema. O que não gosto, nesta minha vida, é de ficar longe de banca de jornal, do pequeno comércio, do "agito" mediano, excessivo não!!!, das cidades. Pois bem: no domingo fomos à Areia Vermelha. Eu não tinha a menor noção do que nos esperava. Só sabia que tinha que ser cedo. Mas quem reune 30 ou 40 pessoas para sair cedinho de um hotel? Fomos desembarcar do catamarã lá pelas 10h30 da manhã. Descemos numa ilha de areia vermelha, linda, com mesas cheias de turistas e cercadas de barcos. Nos sentamos e passamos uma hora e meia papeando, tomando água de côco (enquanto Zanin e Bete Mendes se divertiam comendo lagostas preparadas por um falante ambulante)... Quando vimos, nossa "ilha da areia vermelha" estava sumindo. A água começava a tomar conta de tudo. Mineira que só conheceu o mar aos 19 anos, me apavorei. Corri para o catamarã. Quando nos aproximamos do continente, a água já tinha escondido a ilha. Passeio delicioso, mas -- para mim -- muito "arriscado". Mas, mesmo assim, adorei.
ROLIUDE NORDESTINA - LAJEADO DO PAI MATEUS - HOTEL TAMBAÚ - Já fui 4 vezes à Roliúde Nordestina e uma vez ao Lajedo. Queria voltar ao cenário do filme de Bressane (São Jerônimo), mas não deu certo. O grupo era grande e atrasou (para variar) a hora de saída e tivemos que nos ater só à Roliude Nordestina. O festival tinha 7 longas e 54 curtas, distribuidos em apenas seis dias de duração. Mais um seminário que durou três dias (e que eu moderei) e uma palestra com Duca Rachid & Thelma Guedes (moderada por Marília Franco, da USP, e patrocinada pelo Globo Universidade e UFPB), a que assisti inteira. Mais 7 jornais para ler por dia. Mais dois jantares com Braulio Tavares & Cristina Evelise, presidente do IAB-PB, a maior anfitriã da cidade. Quando tudo terminou, eu estava exausta, tomando Naramig todo dia e querendo sombra e água fresca. Deixamos o Hotel Imperial e, cruzando a rua, fomos para o Tambaú...
BIRRA DOS AMBIENTALISTAS -- Conheço 4 hotéis da Rede Tropical (da ex-Varig): o de Foz do Iguaçu (base de minha primeira viagem jornalística, em 1976), o de Manaus, o do Bahia e o Tambaú. Meu xodó é o Tambaú. Meu e do Zanin. Amamos nos hospedar lá. E já fazemos ouvidos moucos para os xingamentos que os ambientalistas (muitos deles, nossos amigos) dirigem à bela edificação de Sérgio Bernardes (pai do cineasta Sérgio "Tamboro" Bernardes). Não existe obra arquitetônica mais odiada que esta, construida na época dos militares (1969-1971). Como o hotel interrompe a ligação entre as praias de Manaíra e Tambaú, ninguém há de negar que hoje em dia, com a sensibilidade ecológica que adquirirmos, ele jamais seria construído. Só que 40 anos atrás, foi!!!. Está lá, lindíssimo, com suas gigantescas piscinas, seu magnífico jardim, seus quartos arejados banhados pela água do mar.... Quando entro dentro dele, só quero descansar, comer tapioca, tomar água de coco, balançar na rede... Zanin e eu não nos cansamos de recomendá-lo a amigos e parentes. Muitos foram e adoraram. Mas, toda vez que Zanin coloca um "post" no blog dele, falando do Hotel Tambaú, as "pedradas digitais" dos ambientalistas aparecem..... Bráulio Tavares, campinense e torcedor do 13, nos visitou e "avisou", apocalíptico: dentro de alguns anos, o avanço do mar não deixará pedra sobre pedra.... Até lá, quero, sempre que possível, desfrutar desta "maravilha tropical-gilbertofreyriana" que é o belo hotel de Sérgio Bernardes.
FILME DE WILLS LEAL -- Falei que havia sete longas no Fest Aruanda (Raul, ...Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, Marighella, Rock Brasília, Uma Longa Viagem, Teus Olhos Meus e Malditos Cartunistas). Faltou um: "Wills Leal - Atonal e Visionário", de Mirabeau Dias. Exibido em carater hors-concours, este filme, de formato televisivo, nos divertiu por quase duas horas. Afinal, seu personagem é um figuraça da Paraíba: crítico de cinema, escritor, agitador cultural, membro da Academia Paraibana de Letras e criador da Academia Paraibana de Cinema, criador da Roliúde Nordestina, cineasta, especialista em turismo e gastronomia (entendedor de bodes e de outros seres vivos do Cariri paraibano), defensor do carnaval e da cultura popular, celibatário.... E dono, acima de tudo, de delicioso senso de humor e de prosa divertidíssima. Bernadete Duarte, do Canal Brasil, está fazendo um documentário sobre ele. Pois o filme de Mirabeau Dias, que me disseram ser ex-reitor da Universidade, nos oferece deliciosa (e culta) conversa entre João Batista Brito, também professor universitário, e Wills Leal. Para debater o filme, o festival convocou um digamos, "similar pernambucano" de Wills, o intelectual tropicalista Jomar Muniz de Brito. O debate que se seguiu ao filme foi hilário. Pena que não pude assisti-lo todo, pois ia começar a sessão de curtas (54!!! pode??? ao todo).
BLOG DE JOÃO BATISTA BRITTO (IMAGENS AMADAS) -- À noite, João Batista Brito lançou, no Fest Aruanda, seu blog literário e cinematográfico, no qual estão seus livros em versão digital, e textos novos que ele segue produzindo,
com renovado entusiasmo. Confiram:
PUBLICO CRESCENTE -- O Fest Aruanda vem formando plateia aos poucos. No primeiro ano ele aconteceu numa sala de uns 150 lugares, num pequeno shopping, próximo à UFPB (sua origem e principal realizadora). Logo mudou-se para o Cine Tambaú (na verdade, um auditório do Hotel). A projeção deixava a desejar. Depois de apoteótica sessão, abarrotada, de "Lula, o Filho do Brasil" (à qual compareceu o então governador José Maranhão, o então prefeito Ricardo Coutinho e o reitor da UFPB, Rômulo Soares Polari), o festival começou a crescer. E José Luís Almeida passou a assinar a boa projeção!!!! Este ano, a abertura (com o filme de Brant & Ciasca, na presença de Brant, Camila e Antônio Pitanga) bombou. Casa cheia. No encerramento, com Walter Carvalho e seu "Ra..uuuullll", o auditório ficou mais cheio ainda.
No miolo do evento, lotações que variaram em torno de 300 espectadores (a sala abriga 522 espectadores sentados). Mas nos curtas-metragens, às 17h00, plateia restrita. Média de 50 pessoas. O que convenhamos, é pouco. Como o festival mantém espaço para o cinema universitário, para videoclips, programas de TVs públicas, curtas nacionais, etc, etc, acaba com uma seleção imensa: 54 títulos. Impossível colocá-los todos antes dos longas. O Festival precisa equacionar esta questão. Este é seu maior desafio. Precisa, também, aperfeiçoar seu método de aferição do juri popular. A cédula, este ano, era minúscula, e muita gente saiu sem votar. O melhor modelo de cedula, no país, hoje, é o da MOSTRA SP, grande, em bom papel, com os números (de 1 a 5) bem visíveis. E não precisa de caneta. Basta rasgar o número pretendido. Este modelo, Leon Cakoff trouxe do Fest Havana (com seu famoso boleto de la popularidad). Dos filmes exibidos, o mais aplaudido (fora "Rauuulll", ovacionado na noite de encerramento, e que, por isso, não disputou o Prêmio do Público, só da Crítica) foi mesmo "Teus Olhos Meus", o "Edipo Gay" de Caio Sóh. "Malditos Cartunistas" divertiu o público e agradou. Mesmo caso de "Uma Longa Viagem" (de Lúcia Murat, cineasta que recebeu o Prêmio Elizabeth Teixeira) e "Marighella". Este filme de Isa Grispum Ferraz contou com um grupo fiel de espectadores-militantes (jovens nos primeiros 20 anos) que o saudou com palavras de ordem no começo e no final. Os aplausos ao filme de Brant & Ciasca foram significativos, mas mais contidos, pois o filme tem cenas de sexo fortes. E foi exibido na festiva noite de abertura.
DUCA RACHID & THELMA GUEDES -- As autoras de "Cordel Encantado" -- a primeira novela das seis da Rede Globo a receber o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) -- causaram imenso frisson no seminário do Fest Aruanda. Abarrotaram a sala de debates (com capacidade para umas 50 pessoas, havia quase 90). O público fez dezenas de perguntas, elogiou a telenovela até mais não poder. E as duas responderam a tudo com imensa alegria e entusiasmo. Pelo público e por elas, o debate entraria noite adentro. Mas teve que parar por causa da noite de encerramento do Festival. Duca Rachid, que escreveu, a partir do romance homônimo de Jorge Amado, "Tocaia Grande" (com Walter George Durst) me garantiu que a novela (da Manchete) está vendida para alguma emissora. Não soube (ou não quis) dizer qual. Quem sabe, então, em 2012, ano do Centenário de Jorge Amado, possamos rever esta adaptação que teve Taís Araújo e Giovana Antonelli, ambas novinhas, em grandes papeis.
MISSIONÁRIA DA CELULOSE E
os seguintes jornais:
PARAIBANOS:
Correio da Paraiba
Jornal da Paraiba (no qual Braulio Tavares
escreve excelente coluna diária)
A União (com bom caderno cultural)
O Norte (dos Diários Associados)
Mais: Contraponto (este, um semanário,
pude comprar e ler duas edições)
PERNAMBUCANOS:
Jornal do Comércio
Diário de Pernambuco
Folha de Pernambuco
***** Por ocasião do 99o. aniversário de Gonzagão,
o Jornal do Comércio publicou edição especial & arrebatadora sobre o rei do baião.Com um projeto gráfico digno de todos os prêmios do mundo!!!!
IMPRENSA & FEST ARUANDA: Fui às sete edições do Fest Aruanda. Este ano, o que mais me animou foi a cobertura da imprensa (todo mundo sabe que sou VICIADA em jornais e que tenho vocação de ombudsman/adoro fazer leitura comparada!!!). Os cinco jornais paraibanos cobriram bem o festival. Com amplas matérias. O Correio da Paraiba publicou críticas (assinadas por Renato Félix) de todos os longas. Nas duas edições que li de "Contraponto", havia críticas de J.B. Britto dos filmes "Críticos", de Kleber Mendonça (não estava no Fest Aruanda) e de "Uma Longa Viagem", de Lúcia Murat (que não concorreu ao Prêmio Abraccine, pois já fora premiado pela Crítica no Fest Paulínia). O jornal A União publicou bela revista, em ótimo papel, com textos informativos (e críticas da maioria dos longas-metragens) sobre as atrações do festival. Na capa, foto-poster de Camila Pitanga, protagonista de "Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios), de Brant & Ciasca, filme que abriu o Festival...
CINEMA FORA DO EIXO: Houve, este ano, no Fest Aruanda,
um debate sobre a situação atual do Cinema Paraibano. Moderei a mesa, na qual se sentaram representantes do Governo Estadual (a cineasta Ana Bárbara, ex-presidente da ABD-PB e atual titular da Gerência de Audiovisual da SeCult) e Municipal (Pedro Osmar, da assessoria pedagógica da Funjop), mais o cineasta paraibano Torquato Joel e o fotógrafo João Carlos Beltrão (atual presidente da ABD-PB). De Pernambuco veio Carla Francine, da Coordenadoria de Audiovisual da Secretaria de Estado da Cultura. O chão tremeu. A categoria cinematográfica paraibana está em pé de guerra com os órgão públicos de nível estadual e municipal. Principalmente com o Estado (o secretário de Cultura é o compositor e cantor Chico César). Houve, meses atrás, reunião do setor cinematográfico com o autor do verso "uma cigana analfabeta leu a mão de Paulo Freire" e Chico César teria dito algo assim aos cineastas: "Vocês precisam ser criativos na miséria". Ou seja, usar de criatividade para enfrentar a penúria de verbas públicas.
Prá que???? A moçada ficou indignada e passou a unir forças para exigir apoio consistente. Leia-se: Editais de fomento à produção. Criaram o movimento "A Paraíba Precisa Ser Assistida" e desde então não pararam mais de se reunir para reivindicar tratamento similar ao recebido pelos vizinhos pernambucanos.
Carla Francine contou que o Governo de Pernambuco está investindo cerca de 10 milhões/ano em audiovisual.
Os paraibanos ficaram ainda
mais indignados e apresentaram o seguinte raciocínio:
a Paraíba arrecada 1/3 dos impostos arrecadados por Pernambuco. Se o poder estadual resolvesse investir no audiovisual paraibano quantia proporcional ao investido pelo Governo de Eduardo Campos (PSB, o mesmo partido de Ricardo Coutinho, governador da PB) teria que aportar ao menos 3,3 milhões. No Governo José Maranhão (PMDB) houve um Edital (Edital Linduarte Noronha) que colocou R$200 mil na produção de dez curtas. O Governo Coutinho, em seu primeiro ano, não promoveu nova edição do Edital que carrega o nome do criador do seminal filme "Aruanda" (1960). O clima está tão exasperado,
que -- na posição de mediadora -- tentei acalmar (serenar) os ânimos. Um dos jovens cineastas da PB, Diego Benevides (um dos autores do "Aruanda no Ar", ótimo telejornal que dá conta do dia-a-dia do Fest Aruanda) nos chamou (aos que buscavam serenidade) de "Ursinhos Carinhosos" (para riso geral!!!).
Na noite de premiação, os cineasta paraibanos subiram ao palco do Cine Tambau (Chico César estava na plateia e filmou tudo com seu celular, mostrando grande fairplay) e leram documento com suas reivindicações
(aguardem íntegra do texto).
aos locais do sertão paraibano onde filmou seu histórico documentário, proibido pela Censura durante nove anos. Data: 18-12-2011.
POR Bárbara Wanderley
(Da Assessoria de Imprensa do Fest Aruanda)
PRÊMIO ABRACCINE
(Associação Brasileira dos Críticos de Cinema)
MELHOR LONGA: "RAUL: O INÍCIO, O FIM E O MEIO", DE WALTER CARVALHO (RJ)
MELHOR CURTA:
"ENSOLARADO", DE RICARDO TARGINO (MG)
JURI POPULAR:
MELHOR LONGA-METRAGEM JÚRI POPULAR – TEUS OLHOS MEUS, DE CAIO SÓH (SP)
MELHOR CURTA-METRAGEM JÚRI POPULAR – IRMÃS, DE GIAN ORSINI (PB)
TROFÉU CABEÇOTE DA ABD-PB:
para TRAVESSIA, DE KENNEL PAULINO (PB)
CURTA-METRAGEM
(JURI OFICIAL)
A FÁBRICA, DE ALY MURITIBA - TROFÉU ARUANDA/CHESF MELHOR CURTA DO FESTIVAL, melhor direção (PR).
O BRASIL DE PERO VAZ CAMINHA, DE BRUNO LAET -- MELHOR documentário, melhor MONTAGEM/EDIÇÃO (RJ)
"CAOS", DE FÁBIO BALDO: MELHOR CURTA EXPERIMENTAL, MELHOR FOTOGRAFIA e MELHOR SOM
LÁPIS DE COR, DA DIRETORA ALICE GOMES -- MELHOR ATOR – RODRIGO COSTA e MELHOR ROTEIRO –
MELHOR ATRIZ – CAROLINA PROVÁZIO, DE "JULIE, AGOSTO, SETEMBRO" (GO)
MELHOR CURTA UNIVERSITÁRIO – NEGO, DE ARMANDO FONSECA
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO – RÁI SOSSAITH, DE THOMATE
MELHOR CURTA FICÇÃO – ASFIXIA, DE FÁBIO AGUIAR
MELHOR TRILHA SONORA – ELEGANTE E FURIOSO, DE ANA PAULA GUIMARÃES
TROFÉU ARUANDA/CHESF PARA
MELHOR CURTA PARAIBANO,
QUE INCLUI PRÊMIO EM DINHEIRO NO VALOR DE 3 MIL REAIS
– HOJE TEM ESPETÁCULO?
MENÇÃO HONROSA PARA METAFÍSICA, DE EDUARDO GOMES
PRÊMIO BNB PARA O MELHOR VÍDEO
COM TEMÁTICA NORDESTINA:
PEGADAS DE ZILA, DE VALÉRIO FONSECA (RN)
MELHOR VIDEOCLIPE:
MODERN REASONS, DA BANDA NUBLADO, COM DIREÇÃO DE ÍTALO BRITO E FERNANDO VENTURA
MELHOR VÍDEO DO MINUTO – FUBO É BOM, DE JOSÉ DIONES
1° COM TATO, DE MARCELO QUIXABA
/2° AMOR@, DE ALLAN FERNANDO
MELHOR INTERPROGRAMA – SABER SAÚDE: BRUXISMO, DE GUILHERME BACIOTTI, NICO STOLZEL, PAULA MARQUES E VITOR OSHIRO, DA TV USP.
MENÇÃO HONROSA PARA: LUGARES DO CAMPUS – EQUOTERAPIA, DE FÁBIO TORREZAN, DA TV USP.
MELHOR PROGRAMA DE TV – PGM, DE FABIANA MARIZ E ALEXANDRE GENNARI, DA TV USP.
MENÇÃO HONROSA PARA: SUBTERRÂNEOS DA ALMA, DA TV PUC – RIO.
MELHOR REPORTAGEM – PATERNIDADE AUSENTE, HISTÓRIAS INCOMPLETAS, DA TV PUC – RIO.
MENÇÃO HONROSA PARA CANECAS E COPOS DESCARTÁVEIS, DE FABIANA MARIZ, DA TV USP.
MELHOR DOCUMENTÁRIO PARA TV UNIVERSITÁRIA – FILHOS DO ABANDONO, DA TV PUC – RIO.
TROFÉU ABTU DE INOVAÇÃO EM TV UNIVERSITÁRIA - PGM, DE FABIANA MARIZ E ALEXANDRE GENNARI, DA TV USP.
+ VLADIMIR SAFATLE:
não deixem de ler, por nada
deste mundo, a coluna de Safatale, hoje (20-12-11), na página dois da Folha de S. Paulo. Tema: a parcialidade da imprensa na denúncia da corrupção.
A EICTV de San Antonio de los Baños, Cuba, anuncia a criação de uma nova especialização, TV E NOVAS MÍDIAS, a partir de seu curso regular 2012 – 2015. Serão selecionados 5 alunos, que vão cursar o primeiro ano de polivalência e o segundo e terceiro anos de especialização, como os demais estudantes das outras sete cátedras já existentes (Direção de Ficção, Direção de Documentário, Edição, Produção, Som, Roteiro e Fotografia). A escola entende que a TV é o meio mais próximo dos cidadãos e sua transformação digital a converte em um dispositivo em expansão, que integra diversas novidades tecnológicas. A EICTV busca, com a criação desta especialização, complementar sua alta experiência e qualidade no ensino dos ofícios de cinematografia, com a incursão na televisão e novos meios digitais.
O processo de seleção para estudantes brasileiros vai acontecer em cinco cidades: Belo Horizonte, Florianópolis, Recife, Goiânia e Belém, nos dias 16 e 17 de março de 2012. As inscrições começam no final de janeiro. ---- Guigo Pádua -- Coordenador dos exames da EICTV no Brasil - (31) 9635-1026
Revista Teorema lança 19ª edição
Na próxima quinta-feira, dia 22,
na Palavraria, a revista Teorema
lança sua 19ª edição.
Contagiada pelos ares da Primavera Árabe, a publicação especializada em cinema apresenta uma edição que desde a capa, passando pela entrevista e dois dos artigos tratam de questões relacionadas à democracia no Oriente Médio. O Irã, vale frisar, não é árabe, é persa, mas deu a largada para as revoltas populares nesta parte do mundo. E esta é a primeira vez que a revista coloca na capa não um ator, mas um diretor de cinema. Neste caso, Jafar Panahi é o intérprete de si mesmo em Isto Não É Filme, rodado em sua casa, já que se encontra em prisão domiciliar. O crítico Paulo Henrique Silva analisa Isto Não É Um Filme, dirigido por Mojtaba Mirtahmasb e Panahi.
Em situação não muito melhor está Mohsen Makhmalbaf, que em entrevista à Teorema fala sobre seus filmes e sua condição de exilado que já escapou de um atentado no Afeganistão. Para analisar a obra de Makhmalbaf, Ivonete Pinto assina um artigo que divide a trajetória do diretor em distintas fases.
Afora fecharmos este ano conturbado pelas revoltas nos debruçando sobre a cinematografia do Oriente Médio que mais expressão tem demonstrado, a Teorema vem mais robusta: além da entrevista, são 14 artigos que fazem um balanço do ano.
Somando-se aos artigos já citados, Enéas de Souza, em sua habitual profundidade de análise, dedica-se ao filme de Terrence Malick, A Árvore da Vida. Na sequência, João Nunes enfrenta com determinação o enigmático Caminho para o Nada, do veterano Monte Hellman. Já Vicente Moreno nos traz a reflexão de um filme ainda inédito no Brasil, Drive, do dinamarquês Nicolas Winding Refn, premiado em Cannes.
Pulando o “bloco persa”, Alexandre Santos encara outro dinamarquês, o controverso Lars von Trier e o seu Melancolia. Marcus Mello, nosso especialista em cinema espanhol, descama A Pele que Habito, de Pedro Almodóvar. Carlos Eduardo Lourenço Jorge, por sua vez, impôs-se o desafio de analisar o gigante já no título, Notícias da Antiguidade Ideológica: Marx, Eisenstein, O Capital, de Alexander Kluge.
Para falar da estreia no longa-metragem de um dos editores da revista, fomos buscar um filósofo: Darwin Oliveira embarca na viagem de A Última Estrada da Praia, de Fabiano de Souza. Raul Arthuso aceitou a incumbência de escrever sobre Eduardo Coutinho e seu mais recente documentário, As Canções. E Fabiano de Souza entrega-se ao ritmo de Rock Brasília – Era de Ouro, de Vladimir Carvalho, ressaltando o papel da família no filme. O Palhaço, de Selton Mello, com suas gags e nonchalance, é o motivo do texto de Milton do Prado.
Para promover uma sintonia com a vida da personagem central, Teorema convidou a atriz Mirna Spritzer para refletir sobre Riscado, de Gustavo Pizzi. Fechando a edição, Teorema escalou o diretor Carlos Gerbase para falar de João Miguel, um ator que depende, mais do que tudo, de seu talento. Quem ler o texto, entenderá porquê.
Por fim, Teorema dá as boas-vindas a um novo editor: Milton do Prado. Frequente colaborador da revista, ele é mestre em estudos cinematográficos pela Concordia University de Montreal, montador, professor universitário e agora, oficialmente, crítico de cinema.
Então, boa leitura e feliz 2012, ano que Teorema chegará à vigésima edição.
O que: Lançamento da Teorema edição 19
Quando: Dia 22, quinta-feira, a partir das 19h
Onde: PALAVRARIA – R. Vasco da Gama,
165 – F : 51 32684260 – Porto Alegre
QUANTO: R$ 10,00
Editores: Enéas de Souza, Fabiano de Souza, Flávio Guirland,
Ivonete Pinto, Marcus Mello e Milton do Prado
Capa: Flávio Wild
Projeto Gráfico e Editoração: Gustavo Demarchi